PROJETO - HISTÓRIA
VIVA DE NOVA CANAÃ - BAHIA
Idealização e Produção - Zilton Rocha e Fernando Matos
100 ANOS DA MIGRAÇÃO
DOS MATOS PARA AS MATAS DO GONGOGI (BA) - 2007
NARRATIVA FEITA POR
INOCÊNCIO R. DE MATOS A ELIZEU MAIA MATOS.
Série – História
Entrevistas concedidas a Zilton Rocha e Fernando M. V. Matos
em Nova Canaã, Bahia, em outubro 2007.
Edição em montagem Fernando Matos (Cura Filmes)
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Fernando Matos - Zilton Rocha - Elizeu Matos |
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Inocêncio Rodrigues de Matos |
Narrativa feita por Inocêncio Rodrigues de Matos a seu filho Elizeu Maia Matos sore a migração da Família Matos para a região das Matas do Gongogi, hoje Cidade de Nova Canaã, Bahia.
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Rosalina R de Matos e Joaquim I. Matos Filho |
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Irmãos Matos |
No dia seguinte chamou
Bernardino R de Mattos e falou; de agora em diante não vamos trabalhar a dia
para homem nenhum, temos que verificar uma forma. João Vieira montou o engenho
e deu de meia para a família trabalhar. Mas o seu espirito de liberdade
continuava muito forte. Em outubro de 1907, Inocêncio, resolve visitar a região
das Matas do Gongogi, que soube da existência dessa região através dos relatos
enviados por José Antonio Vieira, avo de Firmo, que já habitava a Região do
Riacho de Zé Antonio, hoje território do Município de Nova Canaã.
Saio a pé de Amargosa em
direção as Matas do Gongogi, trazendo no embornal uma Bíblia e uma Pistola.
Chegou a Jequié, desceu para Boa Nova, pela margem do Rio Urubá, passando por
Valentim até chegar ao rio Gongogi. Subiu o Rio Gongogi até encontrar o Riacho
de Zé Antônio. Ante de chegar a casa de José Antônio Vieira pousou na casa de
José Emídio seu parente. Ficou descansando 15 dias na casa de José Antônio
Vieira. Após esse período segui pelos rios do Vigário e das Pombas onde marcou
as poses de Simfrônio, Leovegildo, Bernardino e a sua na Sapucaia. Ficou
impressionando com a pujança das matas e a alturas das arvores tendo certeza,
que a terra era muito fértil.
Após o retorno para Amargosa,
falou com os irmãos e programaram a viagem de toda a família junto com sua mãe
Rosalina. Ficou em Amargosa na Fazendo de José Vieira para tomar conta do seu
pai que estava doente. Bernardino, junto com o restante da família, seguiu
vigem de Amargosa para as Matas do Gongogi em outubro de 1908, em um percurso
de mais de 300 km, tendo levado, aproximadamente, 60 dias para chegar na região
do Rio do Vigário e do Rio das Pombas, hoje município de Nova Canaã.
Bernardino ficou a margem do
Rio do Vigário, Sinfrônio e Leovegildo as margens do Rio das Pombas, todos
próximo. Roberto seguiu em direção a Itajaí
ficando na região da Cebola e mais tarde em 1910, Inocêncio marcou sua pose na
região da Sapucaia. Roberto após casar com Ana Araujo, e ter vários filhos,
migrou para a região de Ibicaraí, ficando assim longe do restante da família.
Inocêncio volta a Amargosa e Tia
Sinhá (avô da menina, Francisca Vieira) fala com ele que estava criando uma
menina para casar. Filha de um Vieira, irmão de Joaquim e José Vieira, porem de
uma linhagem mais pobre. Certo dia o Pai de Francisca Vieira chama Inocêncio
para tirar umas embiras na Mata e pergunta a Inocêncio se ele que casar com a
sua filha. Inocêncio responde que já está com 18 anos e na idade de casa. O Pai
de Francisca, pergunta em quanto tempo ele está preparado para casa. Inocêncio responde
que como rico não mim caso nunca, mas com pobre posso casa em 15 dias. Dessa
união nasceram 07 filhos, (Estefânia 1909, Julinha, Lídia, Dindinha, Jonas e
Nicodemos)
Inocência fica cuidando de seu
Pai, e mesmos morando em local distinto, vai sempre visita-lo na Fazenda Lagoa
do Boi em Jenipapo. A doença do seu pai se agrava e Inocêncio resolve leva-lo
para a Fazenda de José Vieira em Amargosa, em uma cama, aonde veio a falecer em
1910. Após a morte de seu Pai, Inocêncio vem com a família e se instala na
região da Sapucaia. Trouce Estefânia nos ombros e Julinha na barriga de
Francisca. Seu irmão Sinfrônio sai do Rio das Pombas ao encontro de Inocêncio
para ajudar na mudança, chegando ao final de dezembro de 1910 na região da
Sapucaia.
Sempre faziam mutirão, entre os
irmãos, para derrubar as Matas e fazer roça. Trabalhavam uma semana em cada
Fazenda, assim conseguiram formar as suas fazendas.
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Inocêncio R. de Matos sua segunda esposa Arlinda Maia Matos e Filhos |
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Inocêncio R. Matos e Erice - Terceira Esposa |
Na política, os Irmão Matos, se
posicionavam em partidos distintos, objetivando contribuir para o
desenvolvimento da região em qualquer hipótese. Inocêncio, Sinfrônio e
Leovegildo eram do PSD aliados ao Prefeito de Poços Dr. Peixoto ee a Getúlio
Vargas e Bernardino da UDN aliado a Juracy Magalhães.
Inocêncio Rodrigues de Matos, o terceiro filho de Joaquim Ignácio de Matos Filho e Rosalina Rodrigues de Matos, casados em 1982, nascido em 1884-1971 em Três Lagoas, onde morava a Família Mattos, depois vieram para Jenipapo, Município de Areia (Ubaíra). Neto do Alferes Joaquim Ignácio de Matos (Barba de Ouro), Português, de origem Alemã, casado com uma Índia (Tribo Mongóis), Umbelina de Mattos com quem teve os filhos Joaquim Ignácio de Mattos Filho - João Ignácio de Mattos - Carlota Ignácio de Mattos. Primo do Alferes José Pereira de Matos (1820-1877), tronco dos Matos da Capada Diamantina da Bahia. Um dos 07 irmãos Mattos (Deolinda, 1881, Bernardino 1883-1970, Inocêncio 1984-1971, Eflrosina 1885, Sinfrônio 1890-1964, Roberto 1887 e Leovegildo 1893-1972) que migrarão do Distrito de Jenipapo, Município de Areias (Ubaíra) para desbravar as matas do Rio Gongogi e fundar a Cidade de Nova Canaã - Bahia. Migrou para a região em 2009. Teve uma participação fundamental na colonização dessa região. Casado inicialmente com Francisca Vieira Matos em Amargosa, com quem teve 7 filhos (Estefánia, Julhinha, Lídia, Didinha, Jonas e Nicodemos). Após o falecimento de Francisca casou-se com Arlinda Maia filha de Leovegildio (Sr. Lulu) que foi professor no Mandacaru com quem teve 10 filhos (Daniel, Zeca, Moises, Neireida, Ananias, Zoraide, Arlinda, Inocêncio Filho, Elizeu). Ficou viúvo novamente e 3 de janeiro de 1944. Casou-se pela terceira vez com Erice (natural de Baixa Grande) após 1,8 anos de viuvez em 28 dias após ter conhecido a sua futura esposa.
Rosalina Rodrigues
de Mattos – Filha de Manoel Rodrigues do Nascimento, irmã de Cassimiro
Rodrigues do Nascimento, João Rodrigues do Nascimento e Antônio Rodrigues do
Nascimento (pai de Feliciano Rodrigues do
Nascimento que casou com Francisca Vieira, irmã de José Feliciano Vieira ovo
dos filhos de Bernardino Rodrigues de Mattos), teve um papel de fundamental
importância na criação dos seus filhos e na migração da região de Jenipapo
(Ubaíra) para a região do Gongogi em 1909. Mulher forte e de muita fibra, que
faleceu velhinha com 96 anos, na Fazenda Boa Vista de Sinfrônio Rodrigues de
Mattos, após dois anos doentes em cima de uma cama. Teve 07 filhos com Joaquim
Inácio de Matos e um filho com João Rodrigues do Nascimento de nome Fulgêncio
Rodrigues de Mattos, que faleceu muito novo aos 40 anos.
EDIÇÃO - Fernando Matos
MONTAGEM - CURA FILMES – 2016
100 ANOS DA MIGRAÇÃO DOS MATOS PARA AS MATAS DO GONGOGI (BA) - 2007
NARRATIVA FEITA POR INOCÊNCIO R. DE MATOS A ELIZEU MAIA MATOS
HISTÓRIAS DE INOCÊNCIO R. DE MATOS - ASSALTO A ANTÔNIO FERREIRA - ELIZEU MAIA MATOS (2007)
HISTÓRIAS DE INOCÊNCIO RODRIGUES DE MATOS - ELIZEU MAIA MATOS (2007)
Dilma Gláucia da Silva 19/11/2015
ResponderExcluirInocêncio Rodrigues de Matos.
Em 19 de novembro de 1971, há 44 anos atrás, perdemos um grande homem, o vovô Inocêncio. Foi o primeiro familiar que perdi, e que me fez uma falta tremenda.... Eu amava o meu avô! Viajava com ele para as férias e feriados na fazenda Mandacaru... viagem à cavalo! Ele é inesquecível, era gentil e protetor, nos momentos de abrir a cancela para eu passar com o cavalo...
Todos os dias acordava com o barulho da desnatadeira.... e, logo mais, o cheiro do requeijão quente... e o convite para trazer a farinha e açúcar para nos deliciarmos...
E a Igreja da fazenda; com mobiliário de madeira de lei, tudo muito chique, onde ele levava a família e os agregados para ouvir a Palavra de Deus e a Ele louvar?
E o Culto Doméstico? Toda noite vovó Erice lia um capítulo da Bíblia, e ele fazia o "sermão"; comentava o texto e fazia a aplicação para a vida prática, as advertências necessárias...
E as histórias das suas caçadas, das viagens a Poções, das vezes em que precisava acudir os vizinhos e amigos em situações de ataque... das vezes que precisou proteger sua família e seus pertences dos ataques de salteadores? Essa parte era assustadora!!!
E os sequilhos de vovó Erice, os lombos e fritadas deliciosos... Eu a admirava muito pq ela dava aula de boas maneiras, ensinava a sentar e andar com elegância... emprestava os sapatos de camurça, de salto "Anabela" alto para andar, inclusive pelo quintal!?
Sempre ficava triste quando as férias terminavam e era preciso voltar....
Saudades de um tempo muito feliz, mas que já vai longe!!!
Obrigada, Deus por minha família!
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirPor favor,há muitos anos procuro informações sobre "meus antepassados" da família Matos que até onde eu sei,foram os fundadores de Nova Canaã,no sul da bahia,fiquei muito feliz em ler esta narrativa e queria saber mais sobre estes,pois identifiquei a minha bisavó "Eufrosina Matos"(a Vó Fulô do meu pai já falecido), também ouvi falar da religiosidade Luterana da família,onde eu posso encontrar mais informações?Também gostaria de saber alguma informação sobre o meu avô Alípio ignácio de Matos,lembro que quando criança ouvia o meu pai falar também em Leovigildo e Sinfrônio,nomes que marcaram na minha memória por serem diferentes mas não tenho nenhuma outra informação,o meu pai faleceu em 2006, na cidade de Itabuna,interior da Bahia.Sabe me informar se o nome do esposo de Euflosina era francisco?E os nomes dos filhos dela?
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ResponderExcluirAdoniran Judson Malta - Homem de Deus um líder. História de vovô Inocêncio Matos. Houve uma festa na Fazenda Mandacaru e todos os filhos iam com suas esposas e filhos. Neste dia um dos filhos não levou à esposa chegando na Fazenda Vovô Inocêncio perguntou cadê sua esposa filho. Ele respondeu comprei 10 metros de chita para ela fazer um vestido pra festa. Ela colocou no quarador não prestou atenção e o pano se rasgou. Por isto deixei a lá. O Velho vovô falou volta em sua casa e vai buscar sua esposa pior que isto fez sua mãe. Eu comprei 100 metros de chita para fazer roupa para todos da família. Ela colocou no quarador esqueceu de pegar e a chita apodreceu se rasgou. Por isto vai buscar sua esposa. Ele obedeceu e foi buscar.
Adoniran Judson Malta - Outra História de vovô Inocêncio. Sr. Ferreira, vizinho de fazenda, amigo compadre de vovô Inocêncio. Certa feita 2 ladrões chegaram na Fazenda do Senhor Ferreira. Às filhas dele estavam tirando leite no curral. Eles perguntaram cadê seu pai. Elas pai tá em casa vai pela porta da frente e bate quê pai atende. Eles foram para porta da frente. Daí elas correram pela porta da cozinha e acordaram ao pai tem 2 homens mau encarados nós não conhecemos não gostamos da cara deles e disse quê quer falar com o Senhor. O Sr. Ferreira guardava todo o seu dinheiro dentro de um coxão. Todos da região sabiá. Os Ladrões bateram na porta muitas vezes. O Sr. Ferreira perguntava qual a sua graça seu nome. Não respondiam. Os Ladrões começaram a atirar na porta que era de madeira de Lei e Grossa foram muitos e muitos tiros. Vovô Inocêncio ouvindo foi com 10 cavaleiros foi vê e socorrer o compadre. O Sr. Ferreira guardava em casa muitas armas repetição de papo amarelo e tirando do baú às entregou às filhas. Quando o primeiro ladrão passou pela porta recebeu um tiro no peito caindo longe morto. Era galego Alto usava uma capa colonial Preto. O outro montou no cavalo e saiu em disparada. Vovô Inocêncio era o delegado da região chegando na casa do compadre fez o levantamento cadavérica. Pegou o ladrão morto colocou tocos de Brauna e atacou fogo. O segundo ladrão o cavalo dele cansou e os cavaleiros o acharam e disseram que Ele virou primeiro um cachorro e depois capim.
Walter Figueiredo - Judison eu conheço este acontecimento do Sr. Ferreira vi a foto do morto caído e Sr. Ferreira de pé, mas na verdade Sr. Ferreira não tive nada com aquela morte foi pegar papagaios comeu o milho e periquito levo a fama está estória e verdade amigo nós temos uma memória de elefante kkkkk.
ResponderExcluirWalter Figueiredo - A Judison claro que o ladrão era cheio de mandiga e que o cravinote falho ele coloco a aliança na baça da arma quando aperto foi caixão e vela preta kkkkkk
Lindas histórias, belas lembranças, Fernando!
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ResponderExcluirQueria também saber alguma informação sobre o meu avô paterno Alipio Ignácio de Matos,filho de Francisco Ignácio de Matos.
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