PROJETO - HISTÓRIA
VIVA DE N. CANAÃ - BA
Idealização e Produção - Zilton Rocha e Fernando Matos
CAUSOS DA SAPUCAIA,
NOVA CANAÃ, BAHIA - JOSUÉ ANDRADE VIEIRA
SERIE CAUSO
Entrevista concedida a
Fernando Martins Vieira Matos, e Noeme Martins Matos na Sapucaia em 15 de
fevereiro de 2001.

Segue trechos da
saga, narrado por Josué Vieira:
A região já estava habitada por alguns posseiros, quando
eles vieram para ca? É, já haviam alguns
posseiros. Ficavam só caçando e comendo. Teve uns que fizeram umas caçadas lá
pelas bandas do Gongugi, os cachorros acuaram um bicho, lá na baixada do
Gongugi, chegando no pé de uma Gameleira os cachorros ficaram latindo e os
caçadores não viram nada. Um falou assim pega cholinha e o cachorro latiu. O
bicho deu um pisiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiooooooooooooooo no pé da
Gameleira, que os homens recuaram de costa e, morrendo de medo, correram para o
mato. Provavelmente algum espirito mau. Fizeram até alguns versos para esse
caso. Eu só sei de um verso: Ela foi em uma casada no Gongugi e quase morri de
medo de uma coisa que nuca vi.
E os causos da região? Devem ter tido muitos causos? Tem
muitos causos. Teve dois cabras que vieram para essas matas, eram dois
bandidos, moraram nessa cabeceira de ponte (ponte da Sapucaia). Mandaram avisar
em Salvador e foram enviados dois policiais para matar esses bandidos. Esses
caras mataram muitos índios na região, matavam de fação; índios, índias
etc. Foi uma carnificina danada. Foi
antes de vinte. O governo mandou dois
soldados. Os soldados se arrancharam por aqui. E mataram um só, desses cabras o
outro fugiu. Enterraram na cabeceira dessa ponte. O povo dizia que via livuzia
e diziam que era esses bandidos.
Um dia andando nessas bandas, viram uma bola alva desse
tamanho aqui (abre os braços para mostrar o tamanho). Essa bola alva, era medo do povo, mas os
cachorros ficavam latindo. Quando foi um dia, Samuel Andrade Vieira, quando
passou a ser noivo de Olga, Samuel tinha uma espingarda muito boa, e a gente
sempre andava com um fação e uma espingarda para os trabalhos da roça. Ele ia
lar para casa de Cassimiro Mattos, namorar com Olga. Quando ele veio, para
casa, chegou na curva do caminho e olha o que ele viu? A bola alva no meio da estrada. Ele parou e
ficou em pé espiando, o pior e que com a superstição o medo aumenta e a pessoa
começa e ver coisa. Mas como Samuel não era supersticioso, quando ele viu a
coisa, ele queria descobrir o que era. Ficou em pé olhando, ele atirava muito
bem e era muito ligeiro com o fação, Samuel permaneceu em pé olhando e a bola
diminuía e aumentava e Samuel ficou pensando não é possível, não é bola não.
Tirou o fação da bainha e bateu em cima da bola e viu que era um vaga-lume,
muito grande. A bunda do vaga-lume era oca, igual a uma lanterna, fazendo um
foco no chão. Quando o vaga-lume levantava a bola aumentava e quando ele
abaixava a bola diminuía.
E as histórias de Água Fria quando o comércio mudou para
Canãa. Teve muita confusão? O povo foi saindo de Água Fria devagarinho e se
instalando em Canaã. Legalizou tudo, balizou tudo. O primeiro morador foi Jovem Maia. Morador de
Canaã. Começou a fazer uma casinha, botando um negocinho. Foi atraindo gente e desenvolvendo. Aquilo
ali era mata pura. Agente roçou, tinha um matão esquisito, matamos muitas
cobras. Mataram uma surucucu esquisito ali em Canaã.
Noeme – A gente passava por uma fazenda, onde é a rua do
Pombal, era a fazenda de quem? De João
Cancio (primo de Laudelino Rocha), fazenda Caldeirão.
Noeme – Josué. Quando o pastor Jacinto organizou aquela
banda de música da Igreja o Sr. Tocava o que? Eu tocava trombone. Eu toquei bombardito
primeiro. Esse trombone era do velho Love. Ele deixou de tocar e me deu. Esta
lá em Rondônia.
Quem mais tocava nessa banda? Era eu, Edmir, Lourival, Jesiel,
Jadiel e Josafa. A musicazinha que eu aprendi foi com o Pastor Jacinto. Ele era
medonho, gostava muito de música. Foi maestro em Itambé. Ensinou música e
formou banda em Itambé.
Josué. E aquelas histórias de uma noite que apareceu uma
visagem dentro do galpão? Eu fiquei
sozinho, quando Lolita me largou e foi embora, fique sozinho, lutando com gado,
entre outras coisas, mas eu tinha um negócio de compra de gado com o banco. E
precisei ir no banco acertar esse negócio. Quando vinha para casa o pai de Terênçio
(Marcos Feliciano Vieira) me perguntou se poderia levar uma melancia para
ele. Posso, respondi, vir aquelas
melancias, muito bonitas, e acabei comprando uma. Não gosto muito de melancia,
mas como estavam muito bonitas, resolvi comprar uma. Cheguei na Sapucaia e
entreguei as melancias a Mizael e a Nahum, como ele havia me pedido. Ai eu
pegue a melancia e falei com Mizael. Fica com essa melancia estou sozinho e não
vou dar conta. Ai ele falou: já que você esta sozinho fique aqui para almoça!
Aceitei o convite e almocei. Prosei um pouco com ele e vim embora. Quando
chegou de tardinha ele apareceu. Nunca deixei de criar galinha, eu tinha tudo
banana, abóbora etc. Aí ele disse: eu vim te buscar para você jantar e tomar
café lá em casa. Aí falei já é abuso, ele respondeu, não é abuso, venha com
migo. Pegue uma caçarola de leite, e falei com ele: você leva na frente e eu
levo uma penca grande de banana par tomarmos café. Passou um tempo arrumei
tudo; galinha, pinto etc.. E em seguida foi lá para a casa de Mizael. Na casa
de Mizael, tomei café e prosei até tarde da noite e depois vim para casa. Eu
tinha um cachorro muito grande, eu entrei dentro de casa devagarinho, como na
dispensa tinha muito rato, entrei para mata-los. Chegando na despensa, a
lanterna que carregava não estava muito boa toda hora apagava e ascendia, mas
mesmo assim conseguir matar dois ratos. Em um canto da dispensa tinha uma lata
e uma mão de pilão bem grande, tinha um velho alto que gostava de fazer mão de
pilão, também, bem alta, que ele usava para pilar café. Encostei na parede,
próximo onde estava a mão de pilão, para ver se conseguia matar mais alguns
ratos. Eu na dispensa sozinho já alto da noite naquele silencio, mas do que de
repente, ouvir um gemido, daqueles, dentro da dispensa. Vou te dizer? Tomei o
maior susto. Fique porque só eu. O chapéu quase saiu da cabeça. E o fação quase
me caio da mão. Eu imediatamente afastei e dei um psiu dudo o que foi achando
que era o meu cachorro. Um psiu assim sem querer ne. Aí para completar a cena,
a lanterna se apagou, e fique sem enxergar direito as coisas ao meu lado. Eu
quis sai da dispensa, mas se saísse não saberia o que aconteceu. Será que foi o
cachorro dento da cozinha? Abrir um pouco a porta para ver se não tinha sido o
cachorro na cozinha. Não vi nada e imediatamente fechei a porta da cozinha. Fiquei
com medo, mas falei com migo mesmo: eu tenho que ficar aqui para ver o que está
acontecendo. Estava com medo porque? Deve ser um espirito maligno que veio aqui
para meter medo. A gente é crente e essas coisas podem acontecer. Ai fique ali; vem lá vem cá, com um pouco de
medo e encostei no canto da parede outra vez. Foi cutucando, mas percebi que a
mão de pilão que estava encostada na parede, tinha arriado para o lado de uma
prateleira, que tem na dispensa. Aí peguei a mão de pilão com uma mão, para
recoloca-la na sua posição. Mas no puxar que puxei a mão de pilão não se
aprumou direito e escorregar de novo pela parede e fez um barulho, trorrrrrrrrrrrrrroonnnrrrrrrrrrrrnorrrrrrrrrrr,
e com a ressonância dentro da lata, fez o mesmo som que tinha me assustado a
pouco. No silêncio da noite esse barulho ficou um pouco tenebroso.
Cidão - Aí foi que ele falou para a mão de pilão:
Pisiuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuoooooooooo, alto lá e me respeite.
Fernando – aí ficou o caso de que o Sr. deu um pisiuuuuuuuuu
!!!!!!!!!!! em uma mão de pilão. Tinha um local aqui assombrado. Eu não sem
onde era não. O velho Inocêncio mesmo fez caso de um cara que ficou com medo de
uma assombração. O velho Inocêncio era
muito corajoso, mas mesmo assim não se deve fazer caso do medo dos outros, ele
fez do cara que tinha medo. Um certo dia quando retornava de Poços, quando foi
pagar impostos, quando passava pelo Rego Viçoso, um bicho montou na garupa de
seu cavalo, montou, montou na garupa do cavalo e o cavalo não quis andar. O
cavalo era bom e o velho Inocêncio acunhou as esporas para o cavalo andasse e
foi assim até a cancela de sua fazenda. Quando ele chegou na cancela e abriu,
para o cavalo passar, o bicho cai da garupa do cavalo e o cavalo sentindo-se
aliviado andor mais depressa. Chegando em casa, apanhou a repetição, esse povo
Mattos sempre teve repetição em casa, falou para sua mulher: Francisca pega a
minha repetição que eu vou ver um bicho que montou na garupa do meu cavalo. Ai
a sua mulher lhe falou: você esta doido Inocêncio deixe isso para lar, esse
bicho já não saiu do cavalo. Só assim ele desistiu de perseguir esse bicho que
até hoje neguem sabe o que foi. Quando o dia amanheceu o cavalo ficou na mesma
posição no terreiro, onde ele havia deixado. Provavelmente o cavalo ficou com medo
de sair para o pasto.
Teve outra história do velho Inocêncio que mesmo já estando
velho ele pegou um touro de mão? Teve,
no meio do pasto um vaca brava correu na direção dele e de sua mulher, ele
segurou pelo chifre e mandou que sua mulher corresse para se proteger. O velho Inocêncio tinha uma coragem doida.
Tinha um lugar aqui que aparecia uma assombração, isso
assustou muita gente. Era uma sobra que se projetava na estrada. Em noite de
lua cheia é que aparecia. Quando foi um dia chegou um velho e disse: isso não é
nada eu vou ver essa assombração. Seus companheiros disseram velho você não vai
lá, hoje é dia de lua cheia. Não tenho medo eu vou ver essa assombração. Pegou
uma espingarda boa e foi ao encontro da assombração, os outros companheiros, ficaram
todos com medo. De repente ouviram o estrondo do tiro da espingarda. Quando o
velho chegou lar viu a sombra na estrada com os braços abertos se balançando de
um lado para o outro. E o velho foi encostando para ver mais de perto, as
pernas estavam um pouco bambas, devido ao medo, mas continuou chegando mais de
perto para se certificar do fato. Ele ficou no meio da sobra é não achava uma
explicação. O negócio é o sujeito deduzir o que esta acontecendo, se voltar é
que piora porque baixa a superstição e a pessoa pensa que é uma verdade. Na
procura de uma explicação o velho viu uma cancela e sobre a cancela tinha uma
grande casa de cupim e encima da casa de cupi estava um grande tamanduá fazendo
a sua refeição noturna, com os braços abertos. Devido a luz da lua fazia uma
grande sobra na estrada. O velho apontou a espingarda para o tamanduá, como era
muito bom de tiro, puxou o gatilho e o tamanduá tombou aos seus pés, acabando
por definitivo mais essa casa de assombração.
Tinha muita caça na região, e toda a semana nos matávamos
dois a três tatus, geralmente no sábado iniciava a caçada para o almoço do
domingo. Um dia o velho Love disse: vocês têm cuidado nessas Matas do Morcego,
que era muito fechada, aí tem uma visagem que já fez muita gente correr, o velho
Love (Leovegildo R. de Mattos) tinha um medo danado dessas coisas. Mas estava
eu e Samuel, cada um com uma espingarda muito boa, e um fação de 18 polegadas
da marca corneta, bem afiado, não tínhamos medo de encontra nada pela frente.
Aí saímos eu e Samuel entramos para a Mata do Morcego e os cachorros acuaram
uma cutia, que matamos e a colocamos no embornal. La vamos mata adentro, quando
chegamos no meio da mata, ouvimos um barulho de um bicho:
Tetetetetetetetetetet, tetetetetetetet, tetetetetetetetet,..... Samuel disse: olhe tem um bicho lá. E nós
fomos encostando para mais perto e o bicho continuava tetetetetet, tetetetete,
tetetetete......, continuamos encostando, encostando, encostando…, quando
cegamos bem perto tinha um riacho correndo próximo a um pau d`alho da grossura
dessa sala, oco e cheio de morcego, voando dentro e fazendo um barulho que
estremecia o chão. Dentro do oco do pau cabia uma pessoa em pé. Esses morcegos
fizeram o maior pavor na mata do morcego, tendo pouca gente coragem de entrar nessa
área. Aí fizemos um facho de palha de indaiá e botamos fogo e enfiando, acesso
dentro do oco do pau, saio tanto morcego que apagou o fogo das palhas bem umas
três vezes. Botamos folgo outra vez até incendiar tudo. Passamos mais de um mês
sem poder pisar os pés nessa área devido ao mal cheiro de morcegos mortos.
Outro dia apareceu sabe o que? Uma raposa. O velho Cassimiro
Mattos disse: Tem uma onça aqui, morando aí e essa onça faz nego sai correndo.
Você não acredita que uma rapozinha faz a gente correr com medo, pesando que é
uma onça. Osório Vieira Andrade quando era novo, pergunta a Osório que ele lhe
conta. Cheguei na casa dele e ele estava tremendo, tinha cortado o pé, de medo
e falava: meu tio tem um bicho urrando ali e eu fiquei com medo e voltei para
casa e não sei o que é. Então eu disse, Osório vamos ver esse bicho meu filho.
Eu tinha dois cachorros bons, fomos para a mata e os cachorros começaram a
latir e o bicho urrou dentro do capim nas proximidades da mata, quando
percebemos era uma raposa. Corremos atrás dessa raposa de 2 horas até sete da
noite e não conseguimos pegar a danada da raposa.
Um dia em uma roça colocada nas proximidades dessa área,
tinha um pau fava que só tinha um metro onde saia uma forquilha de galhas
grossa. Eles botaram fogo no roçado e esse pau caiu ficando as galhas para
baixo. Após a queimada as raposas vêm comer as lesmas e outros bichos que foram
mortos pelo folgo. Queimou o roçado e Brás um rapaz novo, pegou uma espingarda
de cartucho boa e nova, e começou a andar pelo mato. Quando chegou nas
proximidades do pau de fava, o bicho urrou e deu um gemido tenebroso. Ele se
assustou, chegando a sentar no chão de susto, e quando se refez viu que era uma
simples raposa que estava presa pelo pescoço na galhada do pau de fava. Essa raposa assustou muita gente nessa
redondeza.
Outra raposa, que era companheira dessa, também, tem uma
história. Eu fui com Nezinho Almeida, ver uma armadilha que um rapaz tinha
botado em uma roça de mandioca. Quando chegamos lá escureceu dentro da roça de
mandioca. Saímos tropeçado e o bicho urrou lá na nossa frente, quando olhei
estava um bicho essa altura (aponta par a posição do umbigo). Nezinho disse:
olhe lá uma onça. Falei vou atirar, Nezinho falou: você esta maluco. Mirrei e
atirei, paaaaaaaaaaaaaaaaa..........., aí ela mudou o grito, e deu aquele som
parecido com um cachorro. Aí falei foi um cachorro. Recarregue a espingarda e fomos olhar.
Andamos um pouco e para nossa surpresa era uma raposa.
Aqui tinha um bicho que urrava, que chamávamos do crocodilo
não sei mais o que. Esse bicho andava nessas pontas de serra das Piabas esses
cantos aí, até na Serra da Cebola em Itajaí. Ele urrava e de longe se ouvia o
som. Eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee.........eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee....,
uuuuuuuuuuuuuuuuu...., uuuuuuuuuuuuu......., eeeeeeeeeeeeeeeee..., ai o povo
quando via o urro atirava de milier, bommmmmmmmm, bommmmmm..., o bicho ficava
com medo e se mandava. Um certo dia esse bicho entrou em um barraco de um cara
aqui no Rudiador, tinha dois caras no Rudiador na fazenda que foi de Antônio
Teles. Botaram um rancho e um dos companheiros quando faltou sal falou para o
outro que iria em Poções para compra sal.
Ficou só no barraco. Quando foi a noite o bicho chegou, era um bicho
esquisito, entrou dentro desse barraco e derrubou o barraco, o homem que estava
no girou caiu e pegou um machado e tirou o pé fora, e plantou nas costas do tal
bicho, entrando até o cabo. O bicho deu um urro esquisito e sai correndo com o
malhado nas costas. E ele saio correndo para o outro lado. Nessa carreira
acabou encontrado o companheiro que vinha de Poções. Falou com o companheiro:
encontre um bicho que entrou no barraco e plantei o nosso machado nas costas e
ele saio correndo. Retornaram para o barraco e avistaram um grande rasto de
sangue no chão em direção a mata. Seguiram o rastro de sangue e na trilha tinha
um pau caído. Quando o bicho passou debaixo do pau, o machado cai no chão. Onde
foi do Sr. Dolfo Sampaio, tem uma Serra chamada de Serra do Bicho Morto. Em cima da serra tinha um buração. Esse bicho
morreu dentro desse buraco. O velho Vicente foi lá ver e ele conta que a
caveira desse bicho não tinha caminhão para carregar. Se tivesse juntado essa
caveira valeria uma nota. Segundo o
pessoal poderia ser uma preguiça gigante. Dizem que tinha preguiça de dois a
três metros. Botaram fogo na caveira e queimaram tudo. Dizem que a sapata do pé
desse bicho dava para uma pessoa sentar com um tamborete.
Mireis Vieira Andrade – Morreu um cara aí na serra chamado
Mariano, passou dias passou dias e Mizael chega em casa, e diz que aparecendo
uma visagem dentro de casa. Acorda todo mundo e o pau quebrou, levanta e o pau
quebra, Mizael com o facão na mão, procurando a visagem dentro de casa. Lozinha,
a sua mulher, gritou, Mariano, Mariano aqui nas minhas costas e Mizael dizia
larga minha mulher Mariano, larga minha mulher Mariano, quando foi ver era um
rato que estava subido na camisola de sua mulher, Lozinha, chegando até seu
pescoço. Mariano, também, que dizer subindo em alguma coisa.
Mires – Os meninos botaram o cachorro para pegar um gato e
Vieira (Josué Andrade Vieira) estava em um picum de serra danada, vendo aquela
arte de seus filhos, gritou: Esdras tira o cachorro do gato da mulher, tira o
cachorro do gato da mulherrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr.
Nessa entrevista Josué Andrade Vieira contar
vários casos que ocorreram na região da Sapucaia, município de Poços distrito
de Nova Canaã a partir de 1910, aproveitando de sua veia artística, dando um
realismo muito interessante a esses acontecimentos. Acontecimentos presenciados
pelo entrevistado ou contados pelos amigos e parentes que participaram dessa
saga; que foi a Colonização da Bacia Hidrográfica do Rio Gongogi - AS CONFUSÕES
NA TRANSFERÊNCIA DO DISTRITO DE ÁGUA FRIA A NOVA CANAÃ - MUNICÍPIO DE POÇOS -
BA
EDIÇÃO - Fernando Matos
MONTAGEM - CURA FILMES – 2016
A VISAGEM DA CASA DE FARINHA, FAZENDA SAPUCAIA, NOVA CANAÃ,
BAHIA - JOSUÉ ANDRADE VIEIRA
O PASSARINHO CABEROTO DO PARÁ - JOSUÉ ANDRADE VIEIRA
O MORCEGO ASSOMBRADO, FAZENDA SAPUCAIA – NOVA CANAÃ (BA) - JOSUÉ ANDRADE VIEIRA
A VISAGEM DO VELHO INOCÊNCIO MATOS, FAZENDA SAPUCAIA – NOVA CANAÃ (BA) - JOSUÉ ANDRADE VIEIRA
A SOMBRA NA ESTRADA, FAZENDA SAPUCAIA – NOVA CANAÃ (BA) - JOSUÉ ANDRADE VIEIRA
Nessa entrevista Josué Andrade Vieira contar vários casos que ocorreram na região da Sapucaia, município de Poços distrito de Nova Canaã a partir de 1910, aproveitando de sua veia artística, dando um realismo muito interessante a esses acontecimentos. Acontecimentos presenciados pelo entrevistado ou contados pelos amigos e parentes que participaram dessa saga; que foi a Colonização da Bacia Hidrográfica do Rio Gongogi
ResponderExcluirInocêncio Matos - Ele, Inocêncio Rodrigues de Matos, contava realmente , esta história que Josué narrou e ai daquele que duvidasse!!
ResponderExcluirWalter Matos - Meu Saudoso Bisavô,Inocêncio Matos,Um Homem de Poucas Palavras e de Grande Corragem e Personalidade !!!
ResponderExcluirMirian Matos Alexandre - Foram homens acima do seu tempo que compreenderam a mensagem do evangelho. Deram muito valor ao conhecimento e trataram os filhos de forma igualitária encaminhando as filhas para estudar. Em uma Época em que o receio de uma gravidez de mulher solteira era muito grande e havia muita discriminação.
ResponderExcluirUma vez em uma aula de inglês , um executivo me Disse que "gato que nasce no forno não vira pão." Esta região do sudoeste baiano era uma mata subdesenvolvida e sem estradas, inclusive até hoje com péssimas rodovias, entretanto eles superaram as dificuldades. O triste é que quase ninguém voltou para dar continuidade ao trabalho deles. Hoje o Colégio Florestal se tornou um colégio do Estado com uma qualidade de ensino que dizem ser muito ruim.
Carlita Sousa - Parabéns Fernando Matos , fico maravilhada e muito emocionada com as histórias do meu grande amigo Josué Andrade contada aqui por VC, que idéia fantástica, ve-lo neste vídeo voltei aos meus 5, 10, 15... anos atrás, tive o privilégio de ouvir do próprio por várias vezes e ficar com a respiração presa até o final do causo!!!! Aaaaa , que saudade!!!!
ResponderExcluirCarlita Sousa - Deus a mim concedeu a honra, o privilégio de cantar o último hino a sua cabeceira no seu leito de morte, ele lúcido agradeceu, um momento único na história da minha vida!!!! Saudades meu querido Josué Andrade, vc marcou várias gerações de uma maneira sobrenatural, hj eu passo para os meus netos o que aprendi com vc e para eles conto suas lindas histórias
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ResponderExcluirLucila Dantas - Grande poeta ! Meu eterno carinho e gratidão a este ser tão iluminado. Sr. Josué Andrade!!