segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

MOTIVOS DA CRIAÇÃO DE NOVA CANAÃ - LAUDELINO ROCHA

PROJETO - HISTÓRIA VIVA DE NOVA CANAÃ - BAHIA
Idealização e Produção - Zilton Rocha e Fernando Matos

ENTREVISTA – LAUDELINO ROCHA
MOTIVOS DA CRIAÇÃO DE NOVA CANAÃ
Série – Processo Político

Entrevista concedida a Fernando Matos e Zilton Rocha em Nova Canaã, Bahia, em junho 1987.

Laudelino da Rocha Silva

Laudelino da Rocha Silva, nasceu em 23 de maio de 1903 na região do Umbuzeiro, zona rural do município de Poções, no sudoeste da Bahia. Filho de Severiana da Silva Rocha e de Justiniano da Silva Rocha. Casou-se em 1923, aos vinte anos, com Etelvita de Oliveira Silva que tinha dezesseis anos. Tiveram dezoito filhos, nove mulheres e nove homens.

Seus pais eram filhos de pequenos camponeses do sertão da Bahia. A sua família, os  Rochas, tem origem nos municípios de Ituaçu e Tanhaçu.

Em 1929 dois cunhados seus foram para uma zona que os catingueiros chamavam de “mata” numa alusão à vegetação de grande porte que ocupava toda a região (Mata Atlântica).

Laudelino da Rocha Silva e
Etelvita de Oliveira Silva
Em janeiro de 1930 Laudelino resolveu visitar as famílias dos cunhados. Ele fala do fascínio que lhe causou a região:

“Em janeiro de 1930 fui a Água Fria visitar os parentes, conhecer a Zona da Mata, que até aquela data eu não conhecia. Fiquei encantado de ver os rios perenes com seus córregos, riachos, afluentes correndo permanentemente, sem nunca secar. As pastagens tudo verde, a lavoura de café e cereais em pleno desenvolvimento, a pecuária bovina e porcos, também.”

Voltou eufórico para ver se os cunhados, um inclusive era irmão de sua mulher e o outro seu primo carnal, haviam encontrado alguma terra para vender. Já tinha uma em vista que ele gostou. Ficava contígua à dos cunhados. Retorna à caatinga para providenciar a mudança. A estas alturas o casal já tinha seis filhos: Ademar, Nair, Valdir, Jacy, Flordinice e Dalva que nasceu no dia 26 de agosto de 1930. Saíram do Umbuzeiro no dia 1 de outubro. Dalva contando apenas um mês e cinco dias de nascida. Foram três dias de viagem a cavalo enfrentando sol e chuva, até a nova morada. Ficou na pequena casa que havia na propriedade.

Justiniano da Silva Rocha e
 
Severiana da Silva Rocha
Quatro meses depois, recebeu uma carta do seu pai dizendo que alugasse uma casa na vila de Água Fria e fosse buscar a mercadoria, pois ele também queria se mudar para a mata. A seca estava castigando a caatinga. É assim que, no dia 18 de fevereiro de 1931 chegam os burros carregados com tecidos, ferragens, miudezas (produtos de armarinho) e ele deixa a sede da fazenda e vai morar na vila, novamente com comércio em sociedade com seu pai.

Fazenda de Laudelino Rocha
Como vimos trouxeram seis filhos. Em Água Fria nasceram oito: Zenith, Walter, Zenaide, Vanildo, Ivan, Wagner Walter, Maria Tereza e Valquíria. Em primeiro de setembro de 1943 mudaram novamente para a sede fazenda. Exatamente um ano depois, em primeiro de setembro de 1944, nasceu o 15º rebento, que recebeu o nome dos dois avós, já que ambos se chamavam Justiniano acrescido de outro nome, Zilton que, segundo os irmãos mais velhos, viram numa revista e acharam bonito. Ainda vieram mais três: Aminadab, Valdíria e Regina Gláucia.
Fazenda de Laudelino Rocha
Teve loja em Água Fria até 1943. Com o surgimento de Nova Canaã a feira de Água Fria ficou atrofiada, começou a negociar também na nova Vila com o auxílio do filho Jacy. Em agosto de 1943 recebeu proposta do Sr. Leovegildo Matos e vendeu a mercadoria para ele. Fica sete anos sem a loja.

O marido de uma prima sua, Dourival Teixeira, tinha aberto uma pequena loja de tecidos em Nova Canaã. Indo para Salvador fazer compras para o negócio, foi vítima de um acidente fatal em Milagres. Laudelino resolve comprar a mercadoria da viúva e volta a negociar em Nova Canaã.

Conseguiu se tornar uma pessoa muito respeitada e querida tanto em Água Fria quanto em Nova Canaã. Em 1935 foi criado o Distrito de Água Fria e o Sr. Manoel Monteiro Costa foi nomeado escrivão. Poucos anos depois Laudelino Rocha é indicado e nomeado Juiz de Paz, cargo que exerceu por vários anos.


Os relatos a seguir foram feitos por Laudelino Rocha em um livro de memória (1999). Um dos fundadores da cidade de Nova Canaã. Foi comerciante, comprador de café, Juiz de Paz e um influente cidadão no início da colonização da região. 

Povoado de Água Fria
Permaneceu em Água Fria de fevereiro de 1931 a setembro de 1943 com o ramo de loja e compras de café. Em termos de negócio não fora tão vantajoso, visto que o café, produto dominante da região na época, ter baixado muito o preço, por causa da revolução de 30 no Brasil.

Em 1935 foi criado por lei o distrito de Água Fria, passando Água Fria a Vila, distrito do município de Poções, (Decreto Estadual nº 9.490 de 24 de abril de 1935). Foi nomeado escrivão do cartório o Sr. Manoel Monteiro Costa, por intervenção política do seu cunhado, Júlio Silva, de influência política em Poções. Também foram nomeados para juízes de paz do distrito recém criado, os Srs. Ramiro Souza, titular; Leovegildo Mattos, 10 suplente; Antônio Duarte, 2 suplente; e Laudelino Rocha, 31 suplente; todos apresentados pelo Leovegildo, representante político do distrito junto ao Prefeito.

Aconteceu, porém, que o Sr Rarmiro Souza exerceu o seu mandato o tempo certo e passou o exercício ao Sr. Lovegildo Mattos e esse havia sido eleito  para vereador da Câmara de Poções, e não podia exercer. Passou o exercício ao Sr. Antônio Duarte. Esse, alegando morar na fazenda, um pouco longe, renunciou e passou o exercício a mim, 3ºsuplente. Não me lembro quantos anos fiquei no exercício. Sei que tirei eu o tempo de Leovegildo, de Antônio Duarte e o meu, e mais até quando o Prefeito mandou fazer novas nomeações. Depois desse período fui nomeado duas vezes mais, sempre trabalhando muito mais do que o tempo do mandato, sempre de acordo com os Prefeitos de então. Como Juiz de casamento recebia apenas remuneração que os escrivães cobravam das partes, no caso de um acerto de questão, que é o que mais aparece para o Juiz de Paz.

Em 1938 ou 39, depois da 2º Constituinte, da revolução de 30, quando Getúlio Vargas entrava no auge dos golpes, das rasteiras do Estado Novo. Estavam em evidência o integralismo, o comunismo, o nazismo, o fascismo, até mais adiante a Bomba Atômica, energia nuclear, eletrônica, Marcone iluminando o Cristo do Corcovado, no Rio. Atualmente, só se fala em mísseis, informática, guerra química, etc. Nós aqui, nesse cantão do Brasil, só sabíamos de alguma notícia quando alguém ia â cidade, que trazia jornal, já falando também na 2ª Guerra Mundial.

Nesse período, entrou o rádio no Brasil, e na Bahia só havia em Salvador. Depois é que chegou ao interior e Poções, por intermédio do gringo Bráz Labanca, que já estava adquirindo em Salvador, por correspondência, numa casa do ramo.

Nós, de Água Fria, tivemos ideia e compramos um rádio pra coletividade. Mandamos informar do Braz, fizemos uma lista dos comerciantes e alguns fazendeiros, levantamos a importância e o Cantídio Rodrigues, que era comerciante, incumbiu‑se de adquirir o rádio, por intermédio do Bráz, pagando à vista. Poucos dias depois, chegou o Rádio em Poções, um Phillips, do tamanho de uma TV de 18 polegadas. As pilhas eram uma bateria de caminhão.

No principio do ano de 1941 o Sr. Leovigildo Matos, representante político do Prefeito de Poções em Água Fria, numa palestra depois de uma reunião da sociedade beneficente, com diversos sócios e mais pessoas moradoras em Água Fria, informou que o Prefeito havia dito a ele a respeito de Água Fria: que "se eu e os moradores do distrito não tomássemos cuidado, mais tarde seria anexado a Iguaí, cujo povoado estava desenvolvendo muito e Água Fria estava estacionada. Eu (Love), respondi: Que melhoria podemos fazer se o local de maneira nenhuma tem jeito de aumentar? Respondi ao Prefeito que a melhoria que posso fazer é ver se consigo comprar um terreno por aqui por perto que dê para a construção de uma nova sede e dar ao povo para construir, nem só os daqui como outras pessoas que vinham de fora nos ajudar 0 Prefeito (Dr. Peixoto) me respondeu que em termos de melhora para o distrito, pudesse contar com ele no que fosse possível. Visto isso, quero saber a opinião de vocês, se estão de acordo com a idéia?" No momento não houve um só protesto. Aparentemente todos aprovaram. Leovegildo saiu satisfeito e disposto a comprar o terreno, tendo em mira a fazenda Caldeirão, que foi de João Câncio, que há poucos meses havia vendido a Abílio Brito.

Leovegildo mandou buscar em Ibicuí o Dr. João Batista, engenheiro que morava lá, para vir fazer o traçado da cidade que ainda ia nascer, só com nome escolhido de Nova Canaã, nome da Igreja Batista de Água Fria. Acho que foi influência do Sr Ramiro Souza e outros batistas de Água Fria, que sugeriram ao Sr, Leovegildo pôr o nome da Igreja local.

Chegando o engenheiro agrimensor e o Sr Clemente Baliseiro residente em Itajaí, pessoa muito conhecida na região por causa da sua profissão. Já os trabalhadores de Sr. Love estavam de prontidão no local, à espera do engenheiro, para auxiliar no serviço. Dr. João Batista chegou, observou a topografia do terreno e deu inicio ao serviço de locação das primeiras ruas e praças da cidade ficando algumas ruas a periferia sem terminar a locação porque ainda havia matas e calpoeirões, que foram feitos por último, quando tudo limpo, Digo isso com base, porque acompanhei o serviço ate o fim, quase todos os dias. Durante o serviço eu sala de Água Fria, passava na fazenda que divisava com a fazenda em apreço, dava algumas determinações, descia, ia ficar com eles ajudando também ou batendo papo com o Dr. João, seu Love e o Clemente. Meio dia, seu Love mandava ir a fazenda buscar o almoço vinha um caldeirão de feijoada de todo tamanho. Eu almoçava com eles na sede da fazenda, onde estavam os trabalhadores hospedados e guardado o material de trabalho.

Sei que no dia 21 de outubro de 1941 terminou se o serviço de locação Me lembra como se fosse hoje estávamos reunidos na praça principal, em cima da estrada de pedestre, Teotônio escolheu a "quina" de cima, onde é o Bar Central, hoje sapataria Eu escolhi a "quina" de baixo, onde é a padaria de Moreno. Seu Love então ficou na outra quina, onde ficava o Banco do Brasil

As construções começaram em 1942. Seu Love ordenou que todos que quisessem construir, procurassem o encarregado de tirar alinhamento pra saber onde estava desocupado e fazer o alinhamento. Também não aceitava construir casa coberta com palhas nas principais ruas, e que dava direito também a quem quisesse construir fogo, usar um resto de madeiras num pedaço de mato que havia pertinho, e tirar pedras também, de graça.

Em 1942, quando começaram as construções, apareceu tanta gente da região, e de fora também, a construir, que no fim do ano as ruas e a praça já estavam quase todas tomadas de casas já construídas, e outras em construção. Seu Love, como tinha olaria e dinheiro, com poucos dias estavam prontos um cômodo para comércio e uma casa de residência na esquina que ele escolheu.

Dai surgiam os protestos e a má vontade contra Leovegildo. Uns diziam que se ele tivesse interesse por Água Fria, ali mesmo poderia melhorá‑la. Eu, como a favor da ideia da mudança, discutia com os "contras" dizendo que ali não havia jeito de melhorar, pois se não havia espaço de colocar uma casa a mais, como iria melhorar sem aumentar o comércio e a população?

Laudelino, apesar de ser adepto da mudança, estava também sofrendo as consequências da mesma, em termos de negócio e outros fatores. Primeiro não pude construir a casa pra negócio em Nova Canaã, na posse onde havia marcado pra levar a loja para lá. Segundo, no princípio de 1942, Valdir havia terminado o primário e tinha interesse de estudar e, por influência do Osires Marques, que estudava em Jaguaquara, ele também se interessou de ir estudar lá. Foi preciso levá‑lo e interná-lo no Colégio Taylor Egídio, a fim de continuar os estudos.

De 1930 a década de 1960 a lavoura de café, que predominava na região, por isso toda fazenda, por pequena que fosse se tivesse lavoura de café precisava ter agregados. Ou seja, mais famílias na propriedade para aproveitar o serviço das mulheres na luta da colheita do café.

Na mesma década de 1960, coma erradicarão do café na região, houve o êxodo dessas famílias; para as cidades circunvizinhas, e para São Paulo.

Em 1961 Nova Canaã finalmente se separou do município de Poções por força da Lei Estadual nº 1.540, de 8 de novembro de 1961, publicada no Diário Oficial de 12 de novembro de 1961. Em 1962 foram organizadas eleições municipais, onde foi criado o Partido Republicano (PR) local, por Manuel Monteiro Costa, que teve como candidato Jezimiel Norberto da Silva para primeiro prefeito de Nova Canaã, com o apoio dos seus amigos correligionários, inclusive de Leovegildo Rodrigues de Matos, que fazia parte do diretório do PSD (Partido Social Democrático). Havia mais dois candidatos, Samuel Miranda (PSD) e Antônio João de Oliveira (UDN - União Democrática Nacional). Em 3 de outubro de 1962 foi eleito o candidato do PR, o pastor Jezimiel Norberto da Silva.


EDIÇÃO - Fernando Matos

MONTAGEM - CURA FILMES – 2015

PROCESSO POLÍTICO EMANCIPAÇÃO DE NOVA CANAÃ - MANUEL MONTEIRO COSTA

PROJETO - HISTÓRIA VIVA DE NOVA CANAÃ - BAHIA
Idealização e Produção - Zilton Rocha e Fernando Matos

ENTREVISTA – MANUEL MONTEIRO COSTA
PROCESSO POLÍTICO EMANCIPAÇÃO DE NOVA CANAÃ
Série – Processo Político

Entrevista concedida a Fernando Matos e Zilton Rocha em Nova Canaã, Bahia, em junho 1987.

Manuel Monteiro Costa
Manuel Monteiro Costa – Nascido na cidade de Poços, casado com Milu Silva Monteiro com quem teve os seguintes filhos: Edival Silva Monteiro, Erbene Silva Monteiro e Normelha Silva Monteiro. Casou-se em segunda núpcia com Doralice Andrade Monteiro (16/09/1921) em Julho de 1942, no Povoado de Nova Canaã (Antiga Água Fria), com quem teve os seguintes filhos: Manuel Monteiro Filho e Agmar Andrade Monteiro e Stela Gleide Andrade Monteiro. Um dos fundadores da cidade de Nova Canaã sendo o primeiro escrivão no povoado de Água Fria tendo uma forte participação política nos primórdios da nossa região.
Povoado de Água Fria
Em 1925 foi fundado o povoado de “Água Fria”, pertencendo a Poções; e transformando-se depois em distrito por força do Decreto Estadual nº 9.490 de 24 de abril de 1935. Neste momento foi criado o Cartório de Paz, sendo nomeado o Sr. Manoel Monteiro Costa, como primeiro escrivão, Ramiro José de Souza, Juiz de Paz e Inocêncio Rodrigues de Matos, Subdelegado de Polícia.
Decreto do Exm. Sr. Interventor Federal (Francisco Peixoto Junior, Dr. Peixoto) do estão sob o n 9490, de vinte e quatro de abril de 1935 para a instalação do Distrito de Paz de Água Fria. Ata de instalação do sexto Distrito de Paz de Água Fria, do Termo de Poções. Aos 27 dias do mês de maio de 1935, sob a Presidência do cidadão Ramiro José de Souza, primeiro Juiz de Paz em exercício:


-        Primeiro escrivão de Paz – Manoel Monteiro Costa
-        Segundo Oficial do Registro Civil Interino – Doralice Andrade Monteiro
-        Juiz da Comarca – Dr. Fernando Antônio Costa, segundo registro lavrado em 15/10/1942.

Em 30/07/53 foi desmembrado o Cartório de Registro Civil ficando como Titular Zilda Rodrigues e Silva. Doralice Andrade Monteiro continuou exercendo as funções de Tabeliã até 1974, quando foi aposentada.

Oficial de registro Civil Interino – Antônio Duarte Dias em 21/01/1958

Sendo a vila de Água Fria situada num local muito montanhoso, sem possibilidade de expandir, em 1940, após entendimentos com representantes políticos do distrito e autoridades locais, resolveu-se transferir o povoado para a “Fazenda Caldeirão”, comprada do Sr. João Cancio, com o objetivo de torná-la uma vila, cujo nome foi mudado para “Nova Canaã”, nome de origem bíblica que significa “Terra Prometida”. O projeto para transferir a vila de Água Fria para um local mais acessível partiu do fazendeiro e irmão de Bernardino, Leovegidio Rodrigues de Matos, em comum acordo com os outros irmãos e os moradores da região. Em pouco tempo Nova Canaã começou a se erguer com as casas de telhas e palhoças, tomando forma de uma vila. Essa transferência fez com que rapidamente prosperasse o comércio. Além dos Matos, outras famílias como os Vieira, Freire, Andrade, Oliveira, Sampaio, Duarte, Martins, Barreto, Bulhões, Rocha, Teles e Soares foram chegando.

Em 1961 Nova Canaã finalmente se separou do município de Poções por força da Lei Estadual nº 1.540, de 8 de novembro de 1961, publicada no Diário Oficial de 12 de novembro de 1961. Em 1962 foram organizadas eleições municipais, onde foi criado o Partido Republicano (PR) local, por Manuel Monteiro Costa, que teve como candidato Jezimiel Norberto da Silva para primeiro prefeito de Nova Canaã, com o apoio dos seus amigos correligionários, inclusive de Leovegildo Rodrigues de Matos, que fazia parte do diretório do PSD (Partido Social Democrático). Havia mais dois candidatos, Samuel Miranda (PSD) e Antônio João de Oliveira (UDN - União Democrática Nacional). Em 3 de outubro de 1962 foi eleito o candidato do PR, o pastor Jezimiel Norberto da Silva.

EDIÇÃO - Fernando Matos

MONTAGEM - CURA FILMES – 2015

Nova Canaã - A Saga de Eufrosina R. de Mattos - Egídio Cardoso do Nascimento e Jônatas V. Matos

PROJETO - HISTÓRIA VIVA DE N. CANAÃ - BA
Idealização e Produção - Zilton Rocha e Fernando Matos

Nova Canaã - A Saga de Eufrosina R. de Mattos

ENTREVISTA - Egídio Cardoso do Nascimento e Jônatas V. Matos

SERIE HISTÓRICA

Filhos de José Cardoso e Maria Teodora de Jesus, nascido em uma Fazenda em Iguaí - 01/09/1922. Foi mora em Nova Canaã em 1966, casado com Carmelina Ribeiro Cardoso com quem teve 11 filhos e mais 2 do primeiro casamento.

Eufrosina Rodrigues De Mattos
José Cardos, filho de João Egídio um dos primeiro a migrar de Ubaíra junto com José Antônio Vieira para as  terras do Gongogi, região do Riacho de José Antônio, aproximadamente em 1908. Migrarão do Distrito de Jenipapo, Município de Areias (Ubaíra) para desbravar as matas do Rio do Vigário, Gongogi e fundar a Cidade de Nova Canaã - Bahia.

Eufrosina Rodrigues de Mattos a filho mais nova de Joaquim Ignácio de Mattos Filho e Rosalina Rodrigues de Mattos. Neto do Alferes Joaquim Ignácio de Mattos (Barba de Ouro), Português casado com uma Índia (Tribo Mongóis), Uberlina Mattos tendo os filhos Joaquim Ignácio de Mattos Filho - João Ignácio de Mattos - Carlota Ignácio de Mattos.  Primo do Alferes José Pereira de Mattos (1820-1877), tronco dos Matos da Capada Diamantina da Bahia. Um dos 07 irmãos Matos (Bernardino, Inocêncio, Sinfrônio, Roberto, Leovegildo, Eufrosina e Diolina) que migrarão do Distrito de Jenipapo, Município de Areias (Ubaíra) para desbravar as matas do Rio do Vigário, Gongogi e fundar a Cidade de Nova Canaã - Bahia.



Entrevista concedida a Fernando Matos e Jônatas V. Matos em Nova Canaã, Bahia em 18/07/2000.
EDIÇÃO - Fernando Matos

MONTAGEM - CURA FILMES - 2015

Nova Canaã - A Saga de Leovegildo R. de Mattos - Egídio Cardoso do Nascimento e Misael

PROJETO - HISTÓRIA VIVA DE N. CANAÃ - BA
Idealização e Produção - Zilton Rocha e Fernando Matos

Nova Canaã - A Saga de Leovegildo R. de Mattos

ENTREVISTA - Egídio Cardoso do Nascimento e Misael

SERIE HISTÓRICO

Filhos de José Cardoso e Maria Teodora de Jesus, nascido em uma Fazenda em Iguaí - 01/09/1922. Foi mora em Nova Canaã em 1966, casado com Carmelina Ribeiro Cardoso com quem teve 11 filhos e mais 2 do primeiro casamento.

José Cardos, filho de João Egídio um dos primeiro a migrar de Ubaíra junto com José Antônio Vieira para as  terras do Gongogi, região do Riacho de José Antônio, aproximadamente em 1908. Migrarão do Distrito de Jenipapo, Município de Areias (Ubaíra) para desbravar as matas do Rio do Vigário, Gongogi e fundar a Cidade de Nova Canaã - Bahia.
 
Leovegildo Rodrigues De Mattos
Leovegildo Rodrigues de Mattos, o filho mais novo de Joaquim Ignácio de Matos Filho e Rosalina Rodrigues de Matos. Neto do Alferes Joaquim Ignácio de Matos (Barba de Ouro), Português casado com uma Índia (Tribo Mongóis), Uberlina Matos tendo os filhos Joaquim Ignácio de Mattos Filho - João Ignácio de Mattos - Carlota Ignácio de Mattos.  Primo do Alferes José Pereira de Mattos (1820-1877), tronco dos Matos da Capada Diamantina da Bahia. Um dos 07 irmãos Matos (Bernardino, Inocêncio, Sinfrônio, Roberto, Leovegildo, Eufrosina e Diolina) que migrarão do Distrito de Jenipapo, Município de Areias (Ubaíra) para desbravar as matas do Rio do Vigário, Gongogi e fundar a Cidade de Nova Canaã - Bahia.



Entrevista concedida a Fernando Matos e Jônatas V. Matos em Nova Canaã, Bahia em 18/07/2000.
EDIÇÃO - Fernando Matos

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HISTÓRIA DE LEOVEGILDO RODRIGUES DE MATTOS - DIONE VIEIRA MATOS

PROJETO - HISTÓRIA VIVA DE N. CANAÃ - BA
Idealização e Produção - Zilton Rocha e Fernando Matos

ENTREVISTA - DIONE VIEIRA MATOS  HD
Com 75 anos
Nascido em Nova Canaã, Faz. Pombal - Jan/1937

 SERIE HISTÓRICA

Dioni Vieira Mattos
Dione Vieira Mattos filha de Leovegildo Rodrigues de Mattos e Ana Vieira Matos filha de João Vieira, nascida em Nova Canaã, Janeiro/1937 na Faz. Pombal (1917) irmão de - Jovan - Jadiel - Reubi - Auda - Dione - Neide - Ieda - Ana Neuza, todos com sobrenome Vieira Matos. Casado com Onofre, tendo como filhos Helder - Ana Júlia - Denise - Claudio - Marcelo - Cassia e Jairo como enteado.

Leovegildo Rodrigues Mattos
Leovegildo Rodrigues de Mattos (76 anos), filho de Joaquim Ignácio de Matos Filho e Rosalina Rodrigues de Matos (96 anos). Neto do Alferes Joaquim Ignácio de Matos (Barba de Ouro), Português casado com uma Índia (Tribo Mongóios), Uberlina Matos tendo os filhos Joaquim Ignácio de Matos Filho - João Ignácio de Matos - Carlota Ignácio de Matos.  Primo do Alferes José Pereira de Matos (1820-1877), português tronco dos Matos da Capada Diamantina da Bahia.

Um dos 07 irmãos Matos (Bernardino, Inocêncio, Sinfrônio, Roberto, Leovegildo, Eflosina e Diolina)  que migrarão do Distrito de Jenipapo, Município de Areias (Ubaíra) para desbravar as matas do Rio do Vigário, Gongogi e fundar a Cidade de Nova Canaã - Bahia.








Entrevista concedida a Zilton Rocha e Fernando Matos em Salvador, Bahia em 25/11/2012.
Músicas:
- Rio do Vigário - Evanaldo Campos
- Estação das Águas - Evanaldo Campos
EDIÇÃO - Fernando Matos

MONTAGEM - CURA FILMES - 2013

ENTREVISTA - OSIAS ARAÚJO MATOS

PROJETO - HISTÓRIA VIVA DE N. CANAÃ - BA
Idealização e Produção - Zilton Rocha e Fernando Matos

ENTREVISTA - OSIAS ARAÚJO MATOS HD
Com 95 anos
Nascido em Ilhéus - 1916

SERIE HISTÓRICA

Onesíforo Araújo Matos e
Osias Araújo Matos
Entrevista com Osias Araújo Matos com 96 anos, filhos de Roberto Rodrigues de Matos e Ana Araújo Matos, nascido em Nova Canaã em 1916. Nessa entrevista conta a história do início da família Matos em Ubaíra, a migração para Canaã (1910), as dificuldades para se estuda na década de 30 em Nova Canaã, a migração do seu Pai para Ilhéus onde trabalhou na construção de uma estrada de ferro que deveria seguir até Vitoria da Conquista sua volta para Nova Canaã, a convivência com seu tio Bernardino Rodrigo de Matos e seus filhos na escola da Fazenda Floresta, as tropas de burro, as doenças endêmicas da região e os médicos improvisados, até a sua ida para Estudar em Salvador

Roberto Rodrigues de Matos, (1880-1962), filho de Joaquim Ignácio de Mattos Filho e Rosalina Rodrigues de Mattos. Neto do Alferes Joaquim Ignácio de Mattos (Barba de Ouro), Português casado com uma Índia (Tribo Mongóis), Uberlina Matos tendo os filhos Joaquim Ignácio de Mattos Filho - João Ignácio de Mattos - Carlota Ignácio de Mattos.  Primo do Alferes José  Pereira de Mattos (1820-1877), tronco dos Matos da  Capada Diamantina da Bahia. Um dos 07 irmãos Matos (Bernardino, Inocêncio, Sinfrônio, Roberto, Leovegildo, Eflosina e Diolina)  que migrarão do Distrito de Jenipapo, Município de Areias (Ubaíra) para desbravar as matas do Rio do Vigário, Gongogi e fundar a Cidade de Nova Canaã - Bahia.
Roberto Araújo De Mattos
























Entrevista concedida a Zilton Rocha e Fernando Matos em Salvador, Bahia em 01/12/2012
Música - Rio do Vigário - Evanaldo Campos



EDIÇÃO - Fernando Matos

MONTAGEM - CURA FILMES - 2013

ENTREVISTA - ONESÍFORO ARAÚJO MATOS (NECO) Com 93 anos

PROJETO - HISTÓRIA VIVA DE N. CANAÃ - BA
Idealização e Produção - Zilton Rocha e Fernando Matos

ENTREVISTA - ONESÍFORO ARAÚJO MATOS (NECO) HD
Com 93 anos
Nascido em Ilhéus - 1919
Foi para Nova Canaã em 1921 - Faz. Acará

SERIE HISTÓRIA

Onesíforo Araújo Matos e
Osias Araújo Matos
Onesíforo Araújo Matos filho de Roberto Rodrigues de Matos e Ana Araújo Matos, nascido em Ilhéus em 1919 irmão de Oseías - Osias e Abigail. Casado com Nair Da Silva Matos tendo como filhos Roberto - Rui - Ediana - Enêida - Edna - Endira - Endiara.

Roberto Rodrigues de Matos, (1880-1962), filho de Joaquim Ignácio de Matos Filho e Rosalina Rodrigues de Matos. Neto do Alferes Joaquim Ignácio de Matos (Barba de Ouro), Português casado com uma Índia (Tribo Mongóis), Uberlina Matos tendo os filhos Joaquim Ignácio de Matos Filho - João Ignácio de Matos - Carlota Ignácio de Matos.  Primo do Alferes José Pereira de Matos (1820-1877), tronco dos Matos da Capada Diamantina da Bahia. Um dos 07 irmãos Matos (Bernardino, Inocêncio, Sinfrônio, Roberto, Leovegildo, Eflosina e Diolina) que migrarão do Distrito de Jenipapo, Município de Areias (Ubaíra) para desbravar as matas do Rio do Vigário, Gongogi e fundar a Cidade de Nova Canaã - Bahia.


Roberto Rodrigues De Matos



Entrevista concedida a Zilton Rocha e Fernando Matos em Salvador, Bahia em 01/12/2012
Música - Rio do Vigário - Evanaldo Campos


EDIÇÃO - Fernando Matos

MONTAGEM - CURA FILMES - 2013

Depoimento de Zilton Rocha sobre o Projeto História Viva de Nova Canaã

Depoimento de Zilton Rocha sobre o Projeto História Viva de Nova Canaã

Zilton Rocha
Desde os anos setenta comecei a me interessar por registrar fatos, histórias, educação e cultura popular de Nova Canaã. Lá por 1973 ou 1974, comprei um gravadorzinho de fita cassete. Gravei discursos, pila de café, fiz entrevistas, cantorias feitas em casa, sobretudo quando Guilherme aparecia. Pouca coisa sobrou. As fitas se perderam ou eu gravava novos momentos sobre as gravações anteriores.

Na década de oitenta me deparei com Fernando Matos, Cura para os colegas, que havia sido meu aluno de ginásio em Canaã e agora, universitário, também demonstrou interesse pelo assunto.

Em junho de 1987 o Centro dos Estudantes de Nova Canaã – Cenoc, realizou um festival de música na cidade e um colega de meu filho, Fred, que participava com ele de uma banda possuía uma filmadora profissional. Pedi para ele levá-la e combinei com Fernando que aproveitaríamos para fazer uma série de filmagens sobre a vida da cidade, entrevistas com   pessoas, desde cidadãs e cidadãos anônimos a autoridades, professores, artistas populares etc.

Enfrentamos um problema inicial. O dono da filmadora, Fred (Alfredo Oliveira), envolvido com o festival, dormia e acordava tarde. Jovem e estudante de Geologia Fernando foi pegando as “manhas” de como utilizar a câmera. Quando travava, acordávamos Fred para resolver o problema.

Nem Cura nem eu, nunca havíamos estado diante de uma situação como aquela – atuar como câmara man ou entrevistador. Primeiro teste, entrevistar o senhor Manoel Monteiro Costa, meu sogro, em cuja casa Fred estava hospedado. Fui para a função de repórter. Gaguejei um bocado, falava a todo instante é.....é......é..... Mas fizemos o ensaio.

Fernando Martins Vieira Matos
Vencido o primeiro impacto fomos pra rua entrevistar pessoas em bares, colocar populares para cantar, mostrar a feira, e tudo que achávamos interessante registrar. Chegamos até fazer um ensaio improvisado de uma pila de café na Sapucaia, mobilizando antigos piladores de café.
Fernando, estudante, e eu professor, não tínhamos dinheiro para comprar muitas fitas de vídeo cassete. Fred colocou a câmera no modo que grava quatro horas. A sorte é que a câmera dele era profissional, por isso as imagens ficaram boas.

Entusiasmados com os resultados obtidos, nos animamos a continuar fazendo os registros. Convidei Fernando Eleodoro e Edmundo Leal para comprarmos uma filmadora em sociedade. Eles toparam e sempre que Cura e eu íamos de férias para Canaã, realizávamos novos registros. Só que agora com um Panasonic bem amadora, de 160 linhas.

Em Salvador, sempre que descobríamos alguém que tinha relação com o passado de Canaã, fazíamos uma entrevista. Foi assim que entrevistamos o Pastor Jezimiel Norberto, fundador, professor e primeiro diretor do Ginásio Florestal e que foi eleito primeiro prefeito do município em 1962. Ele estava morando nessa época em Fortaleza.

Conseguimos chegar até o Dr. Francisco Peixoto Júnior, prefeito de Poções no início dos anos 1940, quando a Vila de Nova Canaã foi fundada. Localizamos, também, o antropólogo Vivaldo Costa Lima, que atuara na região como odontólogo, entre outros.

A verdade é que não paramos mais de buscar novas informações, entrevistar outras pessoas, colher novos dados. Nos últimos anos fizemos entrevistas com alguns filhos dos primeiros moradores do município. Alguns com idade bem avançada e que, por isso, forneceram informações de alto valor histórico, antropológico, cultural.

Nossa intenção é jogar um pouco de luz sobre a história e a vida cotidiana de um território que até o final do século XIX era ocupado, apenas, pelas civilizações autóctones, os povos originais da América. Ainda dispomos de poucas informações, documentadas, sobre o processo de ocupação daquelas terras pertencentes à Bacia do Gongogi. Por exemplo, como se deu a expulsão ou extermínio das tribos indígenas que ali viviam há milênios.

Só que todo esse conjunto de informações está ficando armazenado, mas sem que ninguém saiba da sua existência. Como Fernando, o velho Cura, não só adquiriu equipamentos de última geração para realizar as filmagens como aprendeu a fazer edição, colocar trilha sonora, legendar etc, pensamos que muita gente, com certeza, gostaria de conhecer esse acervo, ou parte dele, naqueles temas que desperta a curiosidade e o interesse de cada uma pessoa. Esperamos, pois, que tudo que produzimos até agora, seja útil para pesquisadores, estudantes, professores etc que, à luz das informações ali contidas, possam aprofundar estudos, descobrir  novos dados e informações que possam ampliar e aprofundar todo esse conhecimento.

É com esse espírito, estritamente de ordem histórica e cultural que estamos, através deste texto, solicitando às pessoas que deram as entrevistas ou seus descendentes, (no caso daqueles que já não estão mais entre nós), que nos autorizem a divulgação dos referidos conteúdos.
Como disse o poeta:
Um sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade
Raul Seixas

Esperamos que não apenas ampliem seus conhecimentos sobre a história e a cultura de Canaã, mas que, sobretudo, curtam, revejam parentes e se emocionem também!!

Salvador, fevereiro de 2015
Fernando Matos
Zilton Rocha

Observação 1 – Autorizamos o uso de partes desse acervo, desde que para fins lícitos e não comerciais e que seja citada a fonte.

Observação 2 – Para uso de ampla divulgação, não pessoal, restrito, solicitamos que entre, previamente, em contado com os autores explicitando o objetivo.

A SAGA DOS MATOS EM NOVA CANAÃ - 1910 A CONQUISTA DAS TERRAS DO GONGOGI - JÔNATAS VIEIRA MATOS (NATO)

PROJETO - HISTÓRIA VIVA DE N. CANAÃ - BA
Idealização e Produção - Zilton Rocha e Fernando Matos

A SAGA DOS MATOS EM NOVA CANAÃ - 1910
A CONQUISTA DAS TERRAS DO GONGOGI - JÔNATAS VIEIRA MATOS (NATO)

SERIE HISTÓRICA
Jônatas Vieira Matos e Noeme Martins Matos

ENTREVISTA - Jônatas Vieira Matos, e Noeme Martins Matos, em junho de 1987 e 21 de outubro de 2003.

Bernardino Rodrigues De Mattos
Bernardino Rodrigues de Matos, o mais velho filho de Joaquim Ignácio de Matos Filho e Rosalina Rodrigues de Matos, casados em 1982, nascido em 20/05/1883 em Três Lagoas, onde morava a Família Mattos, depois vieram para Jenipapo, Município de Areia (Ubaíra). Neto do Alferes Joaquim Ignácio de Matos (Barba de Ouro), Português casado com uma Índia (Tribo Mongóis), Umbelina de Mattos com quem teve os filhos Joaquim Ignácio de Mattos Filho - João Ignácio de Mattos - Carlota Ignácio de Mattos.  Primo do Alferes José Pereira de Matos (1820-1877), tronco dos Matos da Capada Diamantina da Bahia. Um dos 07 irmãos Mattos (Deolinda, 1881, Bernardino 1883-1970, Inocêncio 1984-1971 Eflrosina 1885, Sinfrônio 1890-1964, Roberto 1887 e Leovigildo 1893-1972) que migrarão do Distrito de Jenipapo, Município de Areias (Ubaíra) para desbravar as matas do Rio do Vigário, Gongogi e fundar a Cidade de Nova Canaã - Bahia. Migrou para a região em 2010, casando com Inocência Vieira Matos em 1912, com quem teve 20 filhos. Teve uma participação fundamental na colonização dessa região, investindo na educação dos seus filhos com a criação da Escola Floresta. Foi Delegado, Médico, Parteiro e Representante Político de alguns prefeitos de Poções, Bahia, nos distritos de Água Fria e Nova Canaã.

Era o filho mais velho e responsável pela família, pois o seu pai era doente e nada podia fazer. Residiram alguns anos, com os irmãos na Fazenda de João Vieira. Mais tarde, com a orientação deste e de seu irmão José Feliciano Vieira, resolveu estabelecer-se na Região da Mata do Gongogi, dode chegavam notícias da fertilidade das terras e das riquezas das matas, Inicialmente foi como o irmão Inocêncio sondar a Região e lá adquiriu uma pequena posse, em 1909, onde começou a abrir a fazenda. Trabalhava de sol a sol, derrubando mata, alimentando-se mal. Em 1910 retornou a Jenipapo para buscar a mãe e os irmãos, ficando em Jenipapo apenas o seu irmão Inocêncio, para cuidar do velho pai doente. Trabalharam duro, plantou capim para ciar as primeiras cabeças de gado, adquiridas com empréstimo a João Feliciano Vieira. Em 1912 regressou à terra natal a procura de uma moça para casar-se. Solicitou, para isso, o conselho e a ajudar de seu amigo José Feliciano Vieira, que depois de muito refletir, atinou que tinha em casa a filha Inocência Maria de Jesus Vieira de 15 anos incompletos e lh’a deu em casamento. Se tornou evangélico junto com João Feliciano Vieira pelos trabalhos de evangelização pelo Pastor Missionário Salomão Ginsbug.

Rosalina  Rodrigues de Mattos – Filha de Manoel Rodrigues do Nascimento, irmã de Cassimiro Rodrigues do Nascimento, João Rodrigues do Nascimento e Antônio Rodrigues do Nascimento (pai de Feliciano Rodrigues do Nascimento que casou com Francisca Vieira, irmã de José Feliciano Vieira ovó dos filhos de Bernardino Rodrigues de Mattos), teve um papel de fundamental importância na criação dos seus filho e na migração da região de Jenipapo (Ubaíra) para a região do Gongogi em 1910. Mulher forte e de muita fibra que faleceu velhinha com 96 anos, na Fazenda Boa Vista de Sinfrônio Rodrigues de Mattos, após dois anos doentes em cima de uma cama. Teve 07 filhos com Joaquim Inácio de Matos e 01 filho com João Rodrigues do Nascimento de nome Fulgêncio Rodrigues de Mattos.

Bernardino Rodrigues de Mattos e
 Inocência Rodrigues de Matos



Inocência Maria de Jesus Vieira – Depois de casada Inocência Vieira Matos, nasceu em 28/12/1896, na Fazenda Palmeira, Região de Araçá, município de Jeqiriçá, filha de José Feliciano Vieira (filho de Reginaldo Vieira e Ana Maria do Amor Divino) e Marcelina Maria de Jesus Vieira (filha de Marcolino Gonçalves Ferreira e Ana Maria do Amor Divino). Irmã de Galdino Feliciano Vieira, Ana Maria Vieira (casada com Leovigildo Rodrigues de Matos), Florêncio Sisínio Vieira (Bispo), Adélia Maria Vieira, Justiniana Maria Vieira, Aurelino Feliciano Vieira e Lídia Maria de Jesus. Faleceu em 17/02/1944, de febre tifoide, em Salvador – Hospital Couto Maia aos 47 anos.







Jônatas Vieira Matos e
Noeme Martins Matos - 1953




Jônatas Vieira Matos – Decimo primeiro filho de Bernardino Rodrigues de Matos e Inocência Vieira Matos, nascido na Faz. Floresta em 17 de julho de 1927, herdeiro da sede da Fazenda, que em 1909 foi adquirida pelo seu Pai, através da troca de uma espingarda com posseiro que morava em um barraco na margem do Rio do Vigário, ainda município de Poções. Casado com  Noeme Martins Matos (17/07/1953), com quem teve três filhos: Fernando Martins Vieira Matos, Janeth Martins Vieira Matos Nascimento e Jônatas Vieira Matos Filho, hoje proprietário da Fazenda Floresta.



Noeme Martins Matos
Noeme Martins Matos – Nascida no Município de Poções em 8/12/1930, na Fazenda Bala de Bernardo e Antônio Landulfo Martins hoje município de Iguaí. Fez o curso primário no Povoado de Água Fria (Prof. Ana Brito e Guiomar) e o 1943 com 13 anos fez o curso Ginasial em Jaguaquara, no Colégio Taylor Egídio, terminado em 1947. Em 1948 Curso de Seminário em Recife PE, com ajuda da Igreja tendo se formado em 1950, quando retorna para Canaã em 1951. Filha de Antônio Landulfo Martins (originário da Cidade de Mucujé, 07/04/1898 filho de Maria Clara Landulfo Martins) e Durvalina De Oliveira Freitas (originária de Vitória da Conquista, 20/09/1904). Desse casamento foram gerados os filhos: Ezequiel De Oliveira Martins, Noeme Martins Matos, Elza Martins Menezes, Ebenézer De Oliveira Martins Oliveira Martins e Eder De Oliveira Martins. Após a conclusão do curso em Recife vem para Nova Canaã e ensina do Instituto Florestal Batista por um ano, em seguida foi ensinar em Itapetinga e retorna para Nova Canaã em 1954, sendo uma das fundadoras do Ginásio Florestal, junto com outros professores. Foi muito atuante na educação de Nova Canaã, sendo diretora do Ginásio e do Colégio, Secretária dos primeiros prefeitos da cidade, Secretária da Educação, Professora de Português, Inglês e Música, Musicista, Regente, Escritora, Diretora de Teatro, fundadora junto com outros moradores da cidade da Igreja Nova Bétel, fundadora do Colégio Manuel Lobo em Iguaí e diretora do Sitio Comunitário de Nova Canaã – Dedicou toda a sua vida a educação e a pregação do evangélico nessa cidade.



EDIÇÃO - Fernando Matos

MONTAGEM - CURA FILMES - 2016

INÍCIO DA ESCOLA NO DISTRITO DE NOVA CANAÃ - POÇÕES, BA-1929. A INFLUÊNCIA DE BERNARDINO R. DE MATTOS NA COLONIZAÇÃO DA REGIÃO - SISÍNIA VIEIRA MATOS.

PROJETO - HISTÓRIA VIVA DE N. CANAÃ - BA
Idealização e Produção - Zilton Rocha e Fernando Matos

INÍCIO DA ESCOLA NO DISTRITO DE NOVA CANAÃ - POÇÕES, BA-1929. A INFLUÊNCIA DE BERNARDINO R. DE MATTOS NA COLONIZAÇÃO DA REGIÃO - SISÍNIA VIEIRA MATOS.

SERIE HISTÓRICA


Entrevista concedida a Fernando M. V. Matos em 18 de junho de 2003 – Sisínia Vieira Matos, Inocência Noélia Vieira Matos e Jônatas Vieira Matos, filhos de Bernardino Rodrigues Mattos e Inocência Vieira Matos.

Bernardino Rodrigues De MAttos
Bernardino Rodrigues de Matos, o mais velho filho de Joaquim Ignácio de Matos Filho e Rosalina Rodrigues de Matos, casados em 1982, nascido em 20/05/1883 em Três Lagoas, onde morava a Família Mattos, depois vieram para Jenipapo, Município de Areia (Ubaíra). Neto do Alferes Joaquim Ignácio de Matos (Barba de Ouro), Português casado com uma Índia (Tribo Mongóis), Umbelina de Mattos com quem teve os filhos Joaquim Ignácio de Mattos Filho - João Ignácio de Mattos - Carlota Ignácio de Mattos.  Primo do Alferes José Pereira de Matos (1820-1877), tronco dos Matos da Capada Diamantina da Bahia. Um dos 07 irmãos Mattos (Deolinda, 1881, Bernardino 1883-1970, Inocêncio 1984-1971 Eflrosina 1885, Sinfrônio 1890-1964, Roberto 1887 e Leovigildo 1893-1972) que migrarão do Distrito de Jenipapo, Município de Areias (Ubaíra) para desbravar as matas do Rio do Vigário, Gongogi e fundar a Cidade de Nova Canaã - Bahia. Migrou para a região em 2010, casando com Inocência Vieira Matos em 1912, com quem teve 20 filhos. Teve uma participação fundamental na colonização dessa região, investindo na educação dos seus filhos com a criação da Escola Floresta. Foi Delegado, Médico, Parteiro e Representante Político de alguns prefeitos de Poções, Bahia, nos distritos de Água Fria e Nova Canaã.

Era o filho mais velho e responsável pela família, pois o seu pai era doente e nada podia fazer. Residiram alguns anos, com os irmãos na Fazenda de João Vieira. Mais tarde, com a orientação deste e de seu irmão José Feliciano Vieira, resolveu estabelecer-se na Região da Mata do Gongogi, dode chegavam notícias da fertilidade das terras e das riquezas das matas, Inicialmene foi como o irmão Inocêncio sondar a Região e lá adquiriu uma pequna posse, em 1909, onde começou a abrir a fazenda. Trabalhava de sol a sol, derrubando mata, alimentando-se mal. Em 1910 retornou a Jenipapo para buscar a mãe e os irmãos, ficando em Jenipapo apenas o seu irmão Inocêncio, para cuidar do velho pai doente. Trabalharam duro, plantou capim para ciar as primeiras cabeças de gado, adquiridas com empréstimo a João Feliciano Vieira. Em 1912 regressou à terra natal a procura de uma moça para casar-se. Solicitou, para isso, o conselho e a ajudar de seu amigo José Feliciano Vieira, que depois de muito refletir, atinou que tinha em casa a filha Inocência Maria de Jesus Vieira de 15 anos incompletos e lh’a deu em casamento. Se tornou evangêlico junto com João Feliciano Vieira pelos trabalhos de evangelização pelo Pastor Missionário Salomão Ginsbug.

Família de Bernardino Rodrigues De Matos - Faz. Floresta
Rosalina  Rodrigues de Mattos – Filha de Manoel Rodrigues do Nascimento, irmã de Cassimiro Rodrigues do Nascimento, João Rodrigues do Nascimento e Antônio Rodrigues do Nascimento (pai de Feliciano Rodrigues do Nascimento que casou com Francisca Vieira, irmã de José Feliciano Vieira ovó dos filhos de Bernardino Rodrigues de Mattos), teve um papel de fundamental importância na criação dos seus filho e na migração da região de Jenipapo (Ubaíra) para a região do Gongogi em 1910. Mulher forte e de muita fibra que faleceu velhinha com 96 anos, na F
Bernardino R. De Matos e Inocência Vieira Matos
azenda Boa Vista de Sinfrônio Rodrigues de Mattos, após dois anos doentes em cima de uma cama. Teve 07 filhos com Joaquim Inácio de Matos e 01 filho com João Rodrigues do Nascimento de nome Fugêncio Rodrigues de Mattos.

Inocência Maria de Jesus Vieira – Depois de casada Inocência Vieira Matos, nasceu em 28/12/1896, na Fazenda Palmeira, Região de Araçá, município de Jeqiriçá, filha de José Feliciano Vieira (filho de Reginaldo Vieira e Ana Maria do Amor Divino) e Marcelina Maria de Jesus Vieira (filha de Marcolino Gonçalves Ferreira e Ana Maria do Amor Divino). Irmã de Galdino Feliciano Vieira, Ana Maria Vieira (casada com Leovigildo Rodrigues de Matos), Florêncio Sisínio Vieira (Bispo), Adélia Maria Vieira, Justiniana Maria Vieira, Aurelino Feliciano Vieira e Lídia Maria de Jesus. Faleceu em 17/02/1944, de febre tifoide, em Salvador – Hospital Couto Maia aos 47 anos.






Sisínia Vieira Matos
Sisínia Vieira Matos – Quarta filha de Bernardino Rodrigues de Matos e Inocência Vieira Mattos, nascido na Faz. Floresta em 06/08/1918, formada em Pedagogia foi um importante educadora na Cidade de Amargosa e no final da sua carreira, trabalho por vários anos no MEC em Salvador. Relata a luta de seu pai Bernardino Rodrigues de Mattos para educar os seus filhos, na escola da Igreja Pombal na Fazenda de Sinfrônio Rodrigues de Mattos em 1928, com o professor Lulu. Descontente com o ensino do professor Lulu, principalmente devido aos maus tratos com os alunos, mudou-se com a família para estudar em Poções em 1929 e o retorno para a Fazenda Floresta no ano seguinte para iniciar a escola de Dona Tutu na casa da Fazenda Floresta. Posteriormente foi construído um prédio com salas de aula e uma casa onde funcionava um internato e morava a professora. Nessa escola nasce o Grande Colégio Florestal.




EDIÇÃO - Fernando Matos

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ENTREVISTA – Dr. ELIFAZ ANDRADE MATOS com 83 anos ORIGENS DA FAMÍLIA RODRIGUES DE MATTOS - 1881 TRAJETÓRIA DE SINFRÔNIO RODRIGUES DE MATTOS

PROJETO - HISTÓRIA VIVA DE N. CANAÃ - BA
Idealização e Produção - Zilton Rocha e Fernando Matos

ENTREVISTA – Dr. ELIFAZ ANDRADE MATOS com 83 anos
ORIGENS DA FAMÍLIA RODRIGUES DE MATTOS - 1881
TRAJETÓRIA DE SINFRÔNIO RODRIGUES DE MATTOS

SERIE HISTÓRICA

Elifaz Andrade Matos
 Elifaz Andrade Matos - Filho de Sinfrônio Rodrigues de Matos e Gether Andrade Matos (Irmã de Ozório Andrade), nascido em Nova Canaã em 17/06/1930, Faz Boa Vista (1917) irmão de - Jô - Herodita - Anatonina - Elifaz - Anatotita - Eliú - Eliude - Loide - Amoz - Abimael, todos com sobrenome Andrade de Matos. Casado com Noelha Matos em 1958 tendo como filhos Ivana - Lilian – Robson.

Nessa entrevista conta a saga da Família Mattos na migração de Jenipapo (Bahia) até as Matas do Gongogi, e as lutas e conquistas de seu pai Sinfrônio Rodrigues de Matos e de seus irmãos na conquista de suas terras. Relembra a infância e as dificuldade par estuda na região do Gongogi, município de Poços em 1939, o internato no Colégio Taylor Egídio em Jaguaquara, os estudos no Colégio 2 de Julho em Salvador e finalmente curso de Medicina na Universidade Federal da Bahia. Fala do convívio com a sua avó Rosalina Rodrigues de Mattos e conta alguma história pitorescas do convívio com seu pai, mãe, primos e tios.

Sinfrônio Rodrigues De Mattos
Sinfrônio Rodrigues de Matos, quinto filho de Joaquim Ignácio de Matos Filho e Rosalina Rodrigues de Matos Casados em 1982. Nascido em Três Lagoas em 1990, onde morava a Família Mattos, depois vieram para Jenipapo, Município de Areia (Ubaíra). Neto do Alferes Joaquim Ignácio de Matos (Barba de Ouro), Português casado com uma Índia (Tribo Mongóis), Umbelina de Mattos com quem teve os filhos Joaquim Ignácio de Mattos Filho - João Ignácio de Mattos - Carlota Ignácio de Mattos.  Primo do Alferes José Pereira de Matos (1820-1877), tronco dos Matos da Capada Diamantina da Bahia. Um dos 07 irmãos Mattos (Deolinda, 1881, Bernardino 1883-1970, Inocêncio 1984-1971 Eflrosina 1885, Roberto 1887, Sinfrônio 1890-1964, Leovigildo 1893-1972) que migrarão do Distrito de Jenipapo, Município de Areias (Ubaíra) para desbravar as matas do Rio do Vigário, Gongogi e fundar a Cidade de Nova Canaã - Bahia. Migrou para a região em 2010, adquirindo a posse da Fazenda Boa Vista em 1917 quando trocou a mesma por uma espingarda. Homem de muita fibra e de um carinho excepcional com os seus filhos e sobrinhos. Tomou conta da sua mãe até a sua morte com 96 anos na sua fazenda. Na Fazenda Boa vista funcionou a Igreja Batista do Pombal e a primeira escola primária em 1928 onde funcionou por dois anos tendo com professor o enérgico professor Lulu até ser transferida para a Fazenda Floresta de Bernardino quando foi chamada de Escola Florestal.

Família - Sinfrônio Rodrigues De Mattos
Rosalina  Rodrigues de Mattos – Filha de Manoel Rodrigues do Nascimento, irmã de Cassimiro Rodrigues do Nascimento, João Rodrigues do Nascimento e Antônio Rodrigues do Nascimento (pai de Feliciano Rodrigues do Nascimento que casou com Francisca Vieira, irmã de José Feliciano Vieira ovo dos filhos de Bernardino Rodrigues de Mattos), teve um papel de fundamental importância na criação dos seus filho e na migração da região de Jenipapo (Ubaíra) para a região do Gongogi em 1910. Mulher forte e de muita fibra que faleceu velhinha com 96 anos, na Fazenda Boa Vista de Sinfrônio Rodrigues de Mattos, após dois anos doentes em cima de uma cama. Teve 07 filhos com Joaquim Inácio de Matos e 01 filho com João Rodrigues do Nascimento de nome Fugêncio Rodrigues de Mattos.


Entrevista concedida a Zilton Rocha e Fernando Matos em Salvador, Bahia em 21/09/2013.

Música – Não Vai Secar – Dinho Oliveira
EDIÇÃO - Fernando Matos

MONTAGEM - CURA FILMES - 2016